Ensina-nos a escutar o silêncio e o clamor dos deserdados da Terra. Ensina-nos a falar a Boa Nova do Reino bem no alto dos telhados e no coração do mundo.
Forks soltando as amarras...
A Pequena Cidade Grande
A cidade de Forks está dentro do estado de Washington, sendo vizinha à Seattle. É uma cidade, bastante úmida e fria, contudo mesmo nos dias de verão, pela proximidade com o oceano e com o Alaska, a grande nebulosidade impede que os raios solares cheguem à superfície. Esse é o cenário onde a saga começa e onde aguça a emoção das pessoas, sobretudo dos adolescentes e jovens que gostam do Crespúculo e toda a sua série Lua Nova, Eclipse e Amanhecer. E este cenário parece um tanto propicio para tal aventura e, para vampiros socializados, viverem como pessoas normais. Nota-se então uma ponta de cuidado na escolha de cidade, do clima, das paisagens, isto é uma cidade pensada, imaginada e sonhada para a realização de tal projeto. E nos dias atuais a cidadezinha de Forks, em Washington não é mais a mesma. Não depois do sucesso de ‘Crepúsculo’, o primeiro filme da saga criada a partir dos livros de Stephanie Meyer. O lugar é o palco para a história de amor entre Edward Cullen e Isabela Swan. A pousada “Miller Tree Bed & Breakfast” era a casa do vampiro Edward Cullen e aquela de Isabela, é uma residência de verdade - e por motivos óbvios, não aberta aos visitantes. Os proprietários colocaram uma plaquinha na frente da casa onde se lê: “Casa dos Swan”, logo na entrada. O colégio - lugar onde o casal Edward e Isabela se viram pela primeira vez também não é aberto aos turistas. As lembranças do tipo “tive em Forks e me lembrei de você” pode ser compradas na loja Thriftway, que fica ao lado da Forks Outfitters, onde Isabela Swan trabalha. Outro cenário que não pode ficar de fora é aquela da praia La Push, seguindo a pequena trilha que começa logo atrás da escola. E que tal um jantarzinho romântico no restaurante Bella Italia, o mesmo do primeiro encontro de Cullen com a sua amada. Os moradores da cidade distribuíram plaquinhas por toda a cidade, indicando locações do filme. Basta ficar atento para descobrir. Uma das mais divertidas? A vaga especial para o Sr. Cullen no hospital da cidade. Segundo o censo norte-americano de 2000, a sua população era de 3120 habitantes. Em 2006, a população passou de 3120 para 3246, um aumento de 126 (4.0%). De acordo com o United States Census Bureau tem uma área de 8,1 km², dos quais 8,1 km² cobertos por terra e 0,0 km² cobertos por água. Forks localiza-se a aproximadamente 93 m acima do nível do mar. Residentes de Forks, ainda estão atordoados pelo que uma extensa pesquisa da autora de Twilight, Stephenie Meyer, proporcionou para a sua cidade. Procurando pela localidade mais chuvosa dos Estados Unidos onde ela desenvolveria sua série vampírica, ela virou seus holofotes para a pequena cidade, com população de 3.221 habitantes. Fãs dos livros e dos filmes, baseados em Bella Swan e no seu interesse amoroso nos belos vampiros Edward Cullen, começaram a procurar pela cidadezinha chamada Forks. Atualmente, centenas visitam a cidade diariamente. A contagem de visitas em junho foi mais de 8 mil – geralmente o número de visitantes de um ano inteiro. Restaurantes tem menus inspirados em Twilight, com pratos como a Bellazanha, lojas vendem itens de Twilight, e tours cobrem as locações citadas nos livros. A cidade madeireira foi transformada, diz Mike Gurling da câmara de comércio de Forks. “Dois anos atrás nós não tinhamos um terminal de cartão de crédito ou uma máquina registradora. Agora as vendas de qualquer coisa que tenha a inscrição ‘Forks’ aumentou drásticamente.” Um simpósio literário foi sediado no último mês na Forks Highschool, incluindo – estranhamente para um simpósio – “um baile de formatura, de verdade.” Chris Cook, editor do jornal local e autor do livro guia Twilight Territory, diz que o diretor da escola foi assediado no aeroporto de Seattle quando um adolescente avistou sua jaqueta dos Forks Spartan e começou a gritar “Ele é de Forks, ele é de Forks!” O fervor é tanto, diz Cook, que um evangélico local, Hallelijah Bill, começou a pregar aos fãs sobre os perigos de se tornarem cultuadores dos livros. Enquanto alguns não gostam da atenção que Twilight trouxe, outros estão aproveitando muito. Cook diz que “tradicionalmente, Forks tem sido considerada pelo povo de Seattle como o lar de lenhadores e de simples modos rurais. Agora é como um símbolo de status.” Susan Brager, que gerencia a pousada Miller Tree, agora conhecida também como Casa Cullen, diz que apesar de ela não ser uma grande fã dos livros – “não tem muito valor literário” – ela definitivamente aprecia os turistas. “Eles adoram quando chove,” ela diz. “O que poderia ser melhor do que isso para uma comunidade que tem mais de 300 cm³ de chuva por ano? Para compreender todo esse fluxo acredito que o pensamento de Manuel Castells (1999) esclarece essa relação, esse esforço deve ser buscado, já que a sociedade da mobilidade se configura como um fluxo internacional de imagens, informação, migrações, turismo, fluxo de capital financeiro, que nos coloca em meio a uma sociedade dos fluxos planetários.
Forks
Desde o início do século XXI, uma nova fase da sociedade da informação vem acontecendo graças às relações estreitas entre modernas cidades e redes telemáticas. Percebe-se, nesses ambientes, que as tecnologias digitais e as novas formas de conexão sem fio, num elo de comunicação, envolvem usuários e objetos numa conexão global. É o que podemos observar em Forks, cidade que conecta o local com o global dentro de uma transformação de vida que acontece na troca de costumes, de estilo e de ritmo. Por primeiro o nosso objetivo é uma tentativa de descrever o mundo contemporâneo e para isso vamos viajar com os conceitos de André Lemos (2006), Manuel Castells (1999) e depois fazer uma conexão com a cidade de Forks que deixa de ser local para se tornar global em nome de um sucesso que acontece de 2008 com o lançamento do filme Crepúsculo de Stephenie Meyer.
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